Ninguém precisa ser um especialista em inclusão para lidar com as diferenças. É importante ter o desejo de acolher e a vontade de aprender sobre o outro.
Meu nome é Julie, tenho 25 anos e sou assistente de marketing em uma multinacional. Tenho excelente memória e rapidez na leitura e gosto muito de fazer amizades. Hoje, tenho muitos amigos, amo a minha profissão e me sinto pertencente ao meu trabalho. Mas nem sempre foi assim.
Até os meus quinze anos, vivi sem saber que tinha Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na escola, passei por dificuldades de aprendizado, exclusão e bullying. Eu não tinha amigos e me sentia invisível. Depois, precisei enfrentar a falta de vagas para pessoas com deficiência em empregos formais e sofri uma série de assédios no ambiente de trabalho – tudo por ser diferente. Ou melhor, imperfeita. Mas, afinal, o que é ser perfeito?
Durante a minha jornada, descobri que todos nós temos dificuldades. Com este livro, quero encorajar as pessoas a se aceitarem como são e mostrar para as empresas que a inclusão social é benéfica para toda a sociedade. Porque, apesar das diferenças, existe algo que nos torna iguais: somos todos imperfeitos.
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A autora
Na infância, Julie Goldchmit ouviu dos médicos que não seria capaz de falar nem andar.
Porém, indo na contramão de todos os diagnósticos, seus pais a estimularam a desenvolver tais habilidades e a se inserir na sociedade. Estudou em escolas regulares e trabalhou em grandes empresas, enfrentando, no entanto, várias barreiras pela falta de inclusão nesses espaços. Aos 15 anos, Julie foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Atualmente, Julie trabalha como assistente de marketing em uma das maiores empresas de produtos de consumo do mundo. Julie é considerada por muitos como a embaixatriz pela diversidade e um “case de sucesso”, por superar os limites e endossar a discussão sobre inclusão social no meio corporativo.
Por dentro do livro
O livro foi construído seguindo as recomendações feitas por especialistas em acessibilidade e inclusão. As letras possuem tamanhos grandes; a fonte é serifada, ou seja, facilita a leitura contínua; os textos são justificados e seguem o mesmo padrão do início ao fim do livro; não há cores, exceto o preto e o branco; todas as siglas citadas nos textos são explicadas; os termos técnicos mencionados por especialistas estão reunidos em um glossário; não há palavras em itálicos; e os infográficos são simples e de fácil compreensão.
Além disso, as duas vozes presentes na narrativa – uma da própria autora relatando suas experiências e outra que traz informações e dados sobre o tema da inclusão – são visivelmente diferenciadas para não confundir o leitor.
No final do livro, há um QR code em que o leitor pode apontar sua câmera de celular, ser direcionado para esta página e ter acesso às fotos dos momentos marcantes relatados pela autora no livro.
Endossos
O que as pessoas estão dizendo
“Transformador! Com sua fala franca e ao mesmo tempo tão vulnerável, Julie desarma barreiras e abre as guardas de quem lê sua história.”
— ANDREA ALVARES Vice-Presidente de Marca, Inovação, Internacional e Sustentabilidade na Natura
“As histórias de Julie ao mesmo tempo informam e confortam, revelando a intimidade de quem é neurodiverso.”
DR. BRUNO CARAMELLI Diretor da Unidade de Medicina Interdisciplinar em Cardiologia (InCor)
“A generosidade de Julie em compartilhar a sua intimidade permite que possamos, através da sua história, aprender mais sobre essa condição tão peculiar e instigante.”
— DR. JOSÉ SALOMÃO SCHWARTZMAN Neurologista da infância e adolescência
“Julie entrou com sua determinação, seus pais com o apoio incondicional e seus gestores e colegas com o acolhimento e a valorização de suas potencialidades. Que mais histórias como a da Julie possam ser contadas!”
— JULIO CAMPOS Presidente da Unilever Marketplace América Latina
“O transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, é apenas uma entre tantas outras características do ser humano. Portanto, promover o respeito é fator fundamental para garantir o acesso de todas as pessoas a uma sociedade igualitária”.
— MARINALVA CRUZ Diretora de Relações Governamentais e Empregabilidade da Associação Turma do Jiló.
Vídeos
Entrevistas com a Julie
Imperfeitos
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